Capitulo XII
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- Há quatro décadas, eu estava fora da minha árvore energizando raízes que precisavam de ajuda, porque estávamos na estação fria. Quando passei perto do rio, vi encolhida junto a uma sequoia, uma fêmea humana bem jovem com uma cria, tentando aquecê-la com seu corpo, pois tinham suas vestes rasgadas. Pedi ao senhor do tempo que deixasse aquela área aquecida para que as duas não morressem de frio. Temi aparecer para elas no momento, pois minha forma as assustaria e elas poderiam correr e seria muito pior. Sairiam da área que pedi para que se mantessem aquecidas. Fiquei na espreita. O Senhor do tempo me atendeu e elas ficaram aquecidas como se fosse a estação das flores. Eu estava em uma árvore bem junto delas ouvindo-as conversar. Elas eram mãe e cria. A mãe pedia para sua cria que procurasse o Cardeal e pedisse ajuda, porque ela estava prestes a deixa-la por causa de uma grande enfermidade. A cria chorava muito e compadecida eu curei a mãe dela.
Assim que eu acabei de curá-la surgiu diante de mim enquanto eu ainda estava muito debilitada por ter dado energia para a humana, um Dark Wizard vindo das forças de Shadow... Ele possuía energias sobrenaturais. Possuía poderes atômicos de um guerreiro sobrenatural e era membro de uma organização de lutadores com espíritos sombrios e aniquiladores que não possuíam poder para invadir as ilhas dos Deuses. “Atêmi e Anatólia” Ele atendia por Zordah! Era poderoso e quase invencível. Ele energizou-me poderosamente com as energias sobrenaturais para que eu fosse governada por eles e pudesse entrar nas “Ilhas” e assim fizesse tudo que eles mandassem. Se eles conseguissem Dominar a “Deusa Sol” eles poderiam usurpar seus poderes e dominar o mundo. Que era o intuito da organização de Wizards. Zordah me disse uma frase e pediu que eu nunca me esquecesse:
“Devo obedecer aos membros do Cheysu ou as forças do mal me levarão a morte”.
Eu lhe disse que eu era Dríade de uma árvore centenária e que eu nunca morreria. Ele me disse que eu morreria sim. Que o dia que eu desobedecesse qualquer um dos membros do Clã ou um de seus descendentes eu ficaria presa a minha árvore e que a minha árvore secaria até a morte. Nenhuma Dríade deseja isso. Então passei a obedecê-los cegamente com medo dessa sentença...
Estando entre eles quando precisavam de mim, eu descobri que a cria que eu salvei estava sobre os cuidados do Cardeal. Ela cresceu entre o Clã que faziam coisas terríveis no mundo dos humanos fora das “Ilhas”. Ela foi para uma escola e quando estava em idade de se casar o Cardeal foi busca-la. Mas ficou possesso ao descobrir que a sua pupila estava prestes a dar a luz... Ele esperou que ela desse a luz e a trouxe para “Anatólia” sem a cria que ela pariu.
Nesse tempo o Rei Áureo estava triste com a morte da sua esposa. E o Cardeal obrigou a sua pupila a se casar com ele. De vez em quando ela ia ver sua cria fora da “Ilha”... Até o dia que o Cardeal proibiu, porque chegou o dia do casamento. Ela se casou com Áureo e tiveram crias gêmeas. A segunda cria nasceu com uma enfermidade e foi desenganado pela medicina deles. Então Keren pediu ajuda ao Cardeal para que ela fosse para fora da “Ilha” e quando sua cria morresse ela traria a outra no lugar que também era macho. Ela pensou assim:
(o pai deles tinha visto pouco as crias, e as três sendo crias dela, todos se pareceriam, então quando a doente morresse, ela levaria o que abandonou e diria que eram os gêmeos. Ela não estaria cometendo pecado algum, e ainda pouparia o Rei do sofrimento. Diria que a cria menor era o doente, porque o outro era quase 12 meses mais velho, era muito maior. E assim ela cobriria a morte de um dos gêmeos, aliviando um pouco o coração dela, por ter sua cria que abandonou obrigada de volta e o Rei ficaria feliz por sua cria não ter morrido).
E assim ela foi para o mundo fora das “ilhas” Acontece que a cria dela não morreu! Keren esperou um ano, e ela continuou viva. Então Keren resolveu abandonar o Rei e ficar com as três crias dela no mundo fora da “Ilha”. Mas o famigerado Cardeal não permitiu! Ele exigiu que ela voltasse ou contaria ao Rei o que ela pensava em fazer. Keren ficou em um dilema terrível. Então pediu a família que cuidava dela enquanto ela estudava, que ficasse com sua cria mais velha, até que sua cria enferma deixasse de existir. Que ela daria um jeito de ir busca-la. Eles aceitaram penalizados com a triste história daquela mãe resignada com tanto sofrimento. Keren abraçou sua pequena cria e disse chorando antes de partir.
*- Me espera meu amor! Não deixe de me amar mamãe promete que vem te buscar! Eu juro! Eu volto para te buscar.
Mas sua cria continuou viva contrariando o diagnóstico da medicina do Reino de "Anatólia" que era uma das melhores. E Keren continuou sem uma das suas crias, porque não pôde buscar o outro gêmeo... Nem mesmo vê-lo.
Quando as crias já estavam com onze viradas dos tempos o Rei Áureo recebeu uma missiva dizendo que havia intrusos nos subterrâneos do Castelo. A missiva era de fonte confiável. Então o Rei reuniu seus melhores soldados e desceram procurando por todos os cantos do subterrâneo do Castelo. Depois de averiguar por quase todo subterrâneo. e estar se preparando para voltar... O Rei encontrou um esqueleto com olhos vermelhos portando escudo e espada barrando seu caminho. O Rei ficou impressionado, não entendia como um esqueleto podia estar ali pronto para batalha... O Esqueleto ria com ironia, desprezo pelo Rei que estava diante dele sem ação, . O Rei e seu soldado Glen ficaram olhando atentos para o esqueleto que continuava rindo. De repente o esqueleto atacou com sua espada... Os dois lutaram para não serem aniquilados com aquela estranha espada afiada. De repente um barulho forte e um empurrão abriu a parede e os dois entraram e se jogaram em um escorregador que dava acesso a outra sala no subsolo. Mas ficaram outra vez de frente com o esqueleto... Eles se esquivavam dos ataques da espada do esqueleto de olhos vermelhos, mas a criatura era invencível. Glen atacou com um golpe com as pernas, mas o esqueleto se defendeu com o escudo e com a espada cortou a cabeça de Glen... que rolou até os pés do Rei... Ele gritou desesperado ao ver seu melhor soldado morrer diante dele. E o esqueleto falou:
- Agora chegou o seu fim logo teremos um Rei ruivo no comando.
Ele falou zombando do Rei Áureo que se esquivava dos seus ataques. O Rei abaixou para derrubar o seu adversário com uma rasteira, mas antes que conseguisse o esqueleto lançou nele seus poderes sobrenaturais, bem na hora que mais dois soldados caíram do escorregador em cima do esqueleto despedaçando-o. Em seguida eles levaram o Rei para seus aposentos. O Rei foi acometido de uma enfermidade no coração causada pelos poderes sobrenaturais. Eu poderia curá-lo, mas fui proibida pelo Cardeal que achava que quando o Rei coroasse sua cria mais velha, ele teria privilégios. Mas como o Rei ouviu o esqueleto falar sobre isso e estava lá para mata-lo. Ele deduziu que estavam tramando contra ele. Então deu a coroa para sua cria mais nova. Aquela mesma cria que não morreu como os médicos disseram que faria. O Cardeal ficou possesso! Mas não podia fazer mais nada! O Rei morreu logo a seguir e sua cria foi coroada Rei de “Anatólia”.
Nesse momento Hesmar e eu estávamos em pranto, mas não podíamos interromper Jax que já estava muito cansada... Ela continuou:
O Cardeal foi até Keren e disse a ela que mataria a cria do Rei e que sua cria mais velha assumiria o trono. Keren não aceitou tamanha sandice. Já tinha perdido uma de suas crias. Sem saber o que fazer ela pediu ao Cardeal que deixasse suas crias decidirem entre si. Se um deles matasse o outro ela aceitaria aquele que vencesse. Mas as crias eram unidas como se fossem mesmo os gêmeos e nunca chegava as vias de fato para uma guerra entre eles. Então o Cardeal sem mais o que fazer, porque se a cria mais nova morresse ele teria que matar a mãe dela também ou ela contaria sobre sua trama, e ele não poderia fazer isso porque tinha planos para ela... Só restou a ele apelar para os poderes sobrenaturais do Clã e enfeitiçou o irmão do Rei. Mesmo enfeitiçado o irmão mais velho não conseguia matar seu irmão querido. Entretanto ele era obrigado a cumprir o que o Clã exigia! Então, ele lançou a desconfiança sobre o Rei de “Atêmi” de que ele era dono de “Anatólia” e que deveria lutar por ela, sabendo que assim seu irmão lutaria e morreria. E quando acontecesse, ele assumiría o trono.
A guerra se deu! E já durava anos. Eu confesso que ajudei muito ao Clã... Eu não queria morrer. Mas essa minha paixão pela vida foi acabando quando percebi que eu já não possuía o poder de cura para minhas árvores ou para toda natureza. Quando o Cardeal descobriu que a filha da primeira esposa do Rei Áureo estava viva, que não tinha sido devorada pelo "Fáculah" o monstro do mar, ele ordenou ao irmão mais velho que a matasse. Acontece que o espírito dele luta contra os poderes sobrenaturais que reside dentro dele e não aceita matar alguém, mandou me chamar para que eu a matasse. Eu tenho que fazer tudo que me ordenam para que eu continue vivendo, mas eu não a matei, primeiro porque pensei que fosse uma Elfa e eu não mataria um ser da natureza. Principalmente quando me disseram que se tratava da cria de Mothar.
Mais tarde, descobri que essa cria não era elfa nem cria de Mothar... Ela era a irmã de Pellor e do Rei de "Anatólia"! Mesmo assim não consegui mata-la. Então percebi que meu espirito preferia morrer a ter que matar inocentes pelo bem de alguém que carrega o maligno dentro de si. Keren está adoecendo mais a cada dia, porque não consegue consertar tudo isso nem consegue reaver sua cria. que ela julga que talvez a odeie por tê-la abandonado. E o pior!
Ela não sabe que é a Rainha de “Atêmi”!
O Cardeal não contou a ela para mantê-la sobre seu domínio até ter a posse de “Anatólia” e a seguir ter a posse das duas “Ilhas”. Porque sua cria mais velha seria Rei das Duas “Ilhas” por direito. A... Acho que já contei o que era de mais importante para que voces possam consertar o que eu ajudei a criar e não tenho tempo para desfazer... Eu...
= Não fala mais Jax! Vamos ajuda-la! Vou leva-la a meu Reino e te salvarei.
- Não Princesa! Seu lugar é com seus irmãos. Precisa livrar meu querido Pellor do feitiço. Ele é um humano bom e está lutando para não cair na escuridão. Ajude-o e ficarei feliz.
~* Voce o ama não é Jax?
- Sim Majestade.
= Deixe-nos ajuda-la!
- Não Princesa! Eu quero somente que me ajudem a chegar a minha árvore. Mas primeiro precisa correr até Keren e contar a ela que “Atêmi” já pertence a sua família.
Que ela é a "Rainha de da Ilha de Atêmi” por direito. Conte a ela como seu pai a salvou de morrer pelo grande Dark Wizard escondendo-a na floresta. Mas como morreu não conseguiu busca-la e ninguém sabia onde elas estavam...
~* Pode deixar! Descanse querida Jax! Eu conheço essa história e posso contar a ela.
- Agradeço Majestade. Agora vão rápido!
~* Sim! Eu vou querida Jax! Obrigado por me contar mesmo perdendo sua vida. Quando eu voltar vou tentar salvá-la. Conheço alguém que pode. Venha Surya! Vamos até seu Reino! Voce é a "Rainha de Anatólia” por direito!
= Eu vou sim Hesmar! Mas voce é o meu Rei! Meu Reino é em “Avebury”!
~* O quê? Voce vai me abandonar agora que te encontrei?
= Hesmar! Vamos!
~* sim...
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